Após termos ganho um rali do Campeonato Nacional Júnior, refiro-me ao rali de Loulé, partimos para o rali de Murça com mais confiança e a certeza de que tínhamos um carro em perfeitas condições de fiabilidade para puder lutar por um lugar semelhante ao conseguido no rali anterior.
O Rali de Murça foi uma prova em que a organização esteve á altura, pois adoptaram varias medidas de realçar. Como por exemplo, um rali feito a pensar no público, basta dizer que a estrutura do rali estava dimensionada para que o publico pudesse ver os dez primeiros concorrentes em todas as classificativas, e um reagrupamento prolongado para permitir que todos os membros das várias equipas que compunham o rali pudessem almoçar normalmente.
Para além disso o rali tinha um traçado espectacular, com partes lentas e muito técnicas e também partes rápidas com muitos saltos á mistura, sem duvida um dos melhores e dos mais divertidos ralis, se não o melhor, que já fiz até hoje.
Mas também houve alguns aspectos menos positivos, refiro-me por exemplo aos tempos online, que demoravam muito tempo a ser actualizados, e ao parque fechado de dimensões reduzidas para mais de 50 viaturas, são alguns aspectos a melhorar para 2008.
Por tudo isto dou os meus parabéns ao Automóvel Clube da Régua, que fez um excelente trabalho e se mostrou sempre disponível para ouvir os concorrentes.
No início do rali começa-mos por impor um ritmo forte, e na primeira pec. registámos um quinto tempo na classificação do Open. A partir daí apercebemo-nos que tínhamos algo a dizer na classificação geral, nomeadamente mantermo-nos no “top5”.
Na classificativa que se seguia, Serapicos / Murça 1, beneficiamos dos problemas de Pedro Peres e de Octávio Nogueira e conseguimos um terceiro crono logo atrás de João Ruivo, apesar de nas últimas curvas deste troço termos ficado “completamente” sem travões.
Na ligação para Valongo / S. Domingos 1 em que tínhamos muito tempo, cerca de 30 minutos, fomos ver se conseguíamos remediar o problema de travagem do carro, e utilizando os meios que tínhamos ao dispor no Peugeot 206 conseguimos por o carro a travar apenas ás rodas da frente.
Partimos assim para a terceira prova classificativa com bastante cautela e com o objectivo de chegar ao parque de assistência para que tudo pudesse ser resolvido.
Classificativa esta que acabaria por ser neutralizada devido ao “toque” de Filipe Teixeira, que era o nosso principal oponente entre os concorrentes junior’s.
Partimos para a segunda secção do rali com o carro em perfeitas condições e com o objectivo de manter a classificação até ai conseguida.
Na pec. Salgueiros / Garraia 2 o Fiat da dupla João Ruivo / Alberto Silva cede logo na subida após a partida ditando assim o seu infeliz abandono, quando era o líder da classificação da prova, neutralizando esta classificativa.
A partir daí começa-mos a gerir a vantagem que levávamos em relação a Joaquim Santos, que se encontrava em terceiro lugar logo atrás de nós.
Na segunda passagem por Serapicos / Murça fizemos um troço bastante regular mas perdemos bastante tempo, cerca de 22,1 segundos em relação á primeira passagem, pois o troço encontrava-se bastante degradado e com valas enormes, o que nos obrigava a andar “como um comboio”, ou seja “nos de carris”.
Para recuperar esse tempo perdido adoptamos um andamento mais vivo na última prova de classificação.
Terminamos o rali com um segundo lugar da Geral, primeiro lugar da classe 1, primeiro lugar da categoria 1 e primeiro lugar entre os concorrentes do Campeonato Nacional Júnior de Ralis.
Resultado que nos deixa radiantes, pois foi a melhor classificação obtida até hoje por mim e por Isaac Portela e também porque desde o início deste ano o objectivo da equipa Lpm/Grupo Lena Competição é ganhar o Campeonato Nacional Júnior de Ralis, e após este rali estamos a escassos 4 pontos da liderança do mesmo.
Saúl Campanário
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